Halloween Chegando, nada melhor do que entender como alguns personagens foram criados...
Quero avisar antes de mais nada, que não estou me
importando com a opinião de quem tem um discurso pronto sobre “não comemorar datas
que não fazem parte da nossa cultura”, mesmo porque esse post não é para
enaltecer as comemorações e sim citar algumas curiosidades, então vamos lá.
No Halloween algumas figuras são quase que
obrigatórias, bruxas, vampiros, fantasmas, Frankenstein
e múmias, são os mais clássicos, mas sabiam que algumas dessas lendas foram esboçadas
em uma reunião a beira do lago a convite de ninguém mais, ninguém menos que
Lord Byron?
Pois é, foi entre 15 e 17 de junho de
1816 que George Gordon Byron, o lorde Byron, o mais famoso poeta romântico
da literatura britânica, o médico e escritor John William Polidori, o poeta
Percy Shelly, sua namorada Mary Shelly e
a meia-irmã dela, Claire Clairmont, depois de uma tempestade ficaram presos na
mansão Villa Diodati e resolveram contar histórias de terror, quando não
tendo mais histórias a contar eles resolveram criar as suas próprias a partir de uma especie de aposta.
John Polidori ao ler manuscritos de
Byron (seu chefe na época) sobre criaturas monstruosas que se mantinham vivas ao
se alimentar de sangue humano inspirou-se a escrever o que mais tarde
tornaria-se um dos primeiros contos a descrever o vampiro como ele é hoje
conhecido, a criatura deixou de ser apenas um monstro para um ser aristocráta e sedutor, influenciando mais tarde autores como Bram Stoker, Anne Rice e Edgar
Allan Poe. O vampiro criado por Polidori o excêntrico e mal caráter lorde
Ruthven parece ser inspirado também no comportamento de Byron,
acredita-se que o autor usou seu antigo chefe ao traçar o perfil do
vilão.
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Essa imagem não se refere ao vampiro de Polidori, apenas está ilustrando o post. |
Outra criatura que teve seus primeiros
relatos nessa reunião foi o Frankenstein, Mary Shelley
sempre ouvira relatos entre seu na época namorado Percy Shelly e Lord Byron
sobre algo conhecido como Galvanismo, que era uma teoria da possibilidade de dar
vida organismos com descargas elétricas, então ela escreve a história que dois
anos depois se tornaria o famoso romance Frankstein, acredita-se que a obra
tinha um tom de crítica e questionamento aos avanços da medicina e as
responsabilidades que isso trazia.
Outros contos de menor
expressão foram originados nessa reunião, mais alguns vampiros e fantasmas saíram
de lá. E pensar que um final de
semana qualquer, para relaxar e conversar com amigos, acabou criando duas das
maiores lendas já criadas pela literatura é bem interessante.
Espero que tenham gostado
dessas informações da mesma forma que eu gostei, tomei conhecimento a pouco do
conto de Polidori através de uma fanpage no Facebook, no entanto para minha
surpresa, minha irmã ganhou um livro no colégio que reunia alguns contos de
vampiros e no livro informava resumidamente as origens de cada um, e tinha lá “O
vampiro” de John Polidori, e lendo um pequeno relato dessa reunião, eu resolvi
pesquisar mais sobre esse acontecimento e descobri que foi mais interessante do
que eu pensava.