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Serena

Serena
Autor: Ian McEwan
Editora: Companhia das Letras 

Título original: SWEET TOOTH
Tradução: Caetano Waldrigues Galindo
Páginas:
384



Sinopse: Ao ser contratada pelo MI5, o Serviço Secreto Britânico, a protagonista Serena se vê como participante de uma mentira cujo objetivo é fomentar a criação de uma ficção. Isso porque ela é incumbida de estabelecer contato com um escritor a quem não pode contar que é uma espiã, nem que o dinheiro que ele passará a receber virá do Estado. Mas o contexto de toda essa armação é uma guerra muito real, num período (começo da década de 1970) bastante violento da história da Inglaterra, especialmente por causa da atividade do IRA. E, para Serena, o caso envolve ainda sua vida pessoal, tanto no que se refere a seu antigo amante, que a introduziu no MI5, quanto no que se refere ao escritor que é vítima do ardil, por quem acaba se apaixonando. Ela é, portanto, agente e vítima, personagem e criadora, num romance em que todos esses papéis são questionados com fervor. Ora, ao conhecermos a ficção de Tom Healy, o escritor que não sabe que está na folha de pagamento da Inteligência Britânica, já notamos essa curiosa relação entre o real e o fictício, mediada pelo criador. Mas será apenas quando concluirmos a leitura de Serena que teremos a verdadeira dimensão do grau que atingiu essa fusão, tanto na história que estamos lendo quanto na nossa relação com o livro e seus personagens. A literatura experimental, questionadora, pode adotar várias máscaras. Em seu novo romance, Ian McEwan a veste nos trajes mais discretos e, talvez por isso mesmo, mais eficientes.



Até que enfim um livro adulto e sem histórias místicas...
Serena é um livro que gostei muito, nunca tinha lido nada do Ian McEwan, no entanto eu gostei muito desse livro, estava há alguns dias já querendo ler e confesso que o livro não foi muito do que eu esperei não que tenha sido ruim, foi uma leitura ótima, com certeza... Porém não é o tipo de livro que eu recomende a quem está começando nesse mundo dos livros agora, é um livro lento, narrado em 1° pessoa, exatamente por Serena Frome ( Se fala Frum, como ela trata de esclarecer) que conta sobre sua vida, passando rápido pela infância e adolescência, uma garota comum que assim com muitos de nós, adorava ler, pretendia se formar em letras, mas por insistência da mãe que não a queria como uma dona de casa, ela fez matemática, pois na escola tinha um talento brilhante para tal, mas na faculdade as coisas não foram bem como ela e a mãe pensavam que seria, Serena se formou sem honras e méritos.
Não é um livro que conta historinhas bonitinhas, são memórias, o livro é gostoso de ler, da à impressão que as memórias vão surgindo e se completando, não tem tantos detalhes, mas você consegue imaginar perfeitamente cada momento descrito, senti falta de um pouco mais de diálogos, o livro é recheado de informações sobre a politica dos anos 70 e a guerra fria.
O livro realmente parecer ter sido escrito por uma mulher, Ian soube exatamente como fazer isso, mostrar uma mente feminina de um jeito tão claro.
É impossível não ter tornar um “espião” lendo um livro que se trata disso, você o lê todo imaginando o que se revelara no final e não tem jeito, você acaba de surpreendendo de qualquer forma.
Eu gostei da Serena (personagem) na maioria das vezes, mas sentia um ódio tão grande quando ela não se defendia de acusações, levar a culpa por coisas que não fez é muita burrice.
Serena é um livro que precisa de tempo e paciência para ser lido, não vai rolar de ler de um dia para o outro, mas não é um livro cansativo, gostei tanto que agora quero ler os outros do autor, já virei fã...
Mas eu realmente só recomendo o livro para quem já teve um amadurecimento no mundo das leituras, do contrário a leitura desse livro não será uma boa experiência

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